Face ao adiantamento da entrada em vigor da nova Carta de Perigosidade de Incêndio Rural, o Presidente da Câmara Municipal de Pombal considera que a auscultação dos autarcas da região de Leiria sobre os efeitos do documento é importante, até para evitar retrocessos nos seus territórios.
“Este adiamento é uma boa notícia, porque a carta não estava sensibilizada para aqueles que seriam os efeitos contrários ao desenvolvimento do nosso território”, disse Pedro Pimpão na sessão de abertura da conferência Floresta ao Centro, promovida pelo município de Pedrógão Grande na passada sexta-feira, 24 de março.
O autarca, que falava na qualidade de vice-presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), defendeu a necessidade da elaboração da carta “em articulação com as comunidades locais e com as autarquias, para que se possa evitar desigualdades, até porque os autarcas não são contra o documento, mas são a favor de que os instrumentos que têm aplicabilidade no nosso território não prejudiquem a nossa vida, nem o nosso desenvolvimento”.
“Estamos empenhados em trabalhar em conjunto e a apresentar propostas que garantam a defesa e a preservação da floresta e do desenvolvimento dos nossos territórios e não a sua exclusão”, frisou, acrescentando que “a Floresta é um importante ativo e temos que o encarar (…) como um ativo económico e potenciador dos nossos territórios e da nossa região, temos que promover a sua rentabilidade, incentivar a preservação dos ecossistemas florestais e fomentar o incentivo ao cuidado da Floresta por parte dos proprietários, que quanto mais cuidarem, mais retorno poderão ter”.