A Câmara de Municipal de Pombal ficou indignada com a decisão do Conselho de Ministros de não incluir o concelho de Pombal nos apoios disponibilizados pelo Governo para minimizar o impacto dos danos causados e para criar melhores condições para a recuperação, regeneração e revitalização económica dos territórios mais afetados.
A autarquia enviou um ofício dirigido ao Primeiro-Ministro, ao Ministro da Administração Interna, à Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, ao Ministro das Infraestruturas e da Habitação, à Ministra da Coesão Territorial e à Ministra da Agricultura e Alimentação. Aguarda, “expectante, que o Governo e as entidades competentes tudo façam para que os habitantes da freguesia de Abiul e do concelho de Pombal também tenham os devidos apoios para fazer face aos gravosos prejuízos que afetaram a população”.
O Conselho de Ministros aprovou na passada quinta-feira, dia 12, medidas no valor de 200 milhões de euros para os municípios da Serra da Estrela e para os concelhos com uma área ardida igual ou superior a 4.500 hectares, devido aos incêndios rurais deste ano, referindo-se aos concelhos do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) lokale dla singli gdansk , Carrazeda de Ansiães, Mesão Frio, Murça, Vila Real, Albergaria-a-Velha, Alvaiázere, Ansião e Ourém.
Face à decisão, o Município de Pombal considera “imperioso que o Governo inclua a freguesia de Abiul nas medidas de apoio em consequência dos danos causados pelos incêndios florestais”, num comunicado em que expressa “a sua total discordância perante o tratamento desigual”.
Recordando que “o concelho de Pombal, nomeadamente a freguesia de Abiul, foi assolado por um incêndio de enormes dimensões, que se estendeu aos concelhos vizinhos de Ansião e Alvaiázere, que destruiu cerca de 1123ha, correspondente a cerca de 20% daquele território” e provocou “avultados prejuízos que ascendem a mais de cinco milhões de euros”, a autarquia destaca que “a freguesia de Abiul confina com as freguesias de Santiago da Guarda e de Almoster, pertencentes aos concelhos de Ansião e Alvaiázere, respetivamente, sendo que as localidades de cada uma desses territórios são divididas em grande parte das situações por uma estrada, formando uma comunidade única, independentemente do concelho a que pertencem” e alerta para o facto de “pessoas da mesma zona, com os mesmos prejuízos” virem a ter “tratamentos diferenciados, consoante o concelho que integram”, o que irá gerar uma “enorme revolta e incompreensão dos cidadãos”.