A Câmara Municipal de Pombal aprovou no passado dia 2 de julho, a aquisição do edifício do Hotel Pombalense, por dois milhões de euros, para a instalação do Núcleo de Formação do Politécnico de Leiria (PL) até 2023, a par de outros serviços públicos.
No mesmo dia foi celebrado entre o Município de Pombal e o Politécnico de Leiria o protocolo de cooperação que permitirá a implementação do Núcleo de Formação de cursos Técnicos Superiores Profissionais (TeSP), que contará com seis cursos já a partir do próximo ano letivo: Comunicação Digital, Intervenção Social e Comunitária, Inovação e Tecnologia Alimentar, Marketing Digital no Turismo, Secretariado Clínico e Gerontologia, no sentido de responder às necessidades de recursos humanos das empresas do concelho de Pombal, 59 das quais já demonstraram a sua disponibilidade para receberem estagiários.
Do protocolo também constam pós-graduações e cursos curtos que farão parte da oferta formativa do Núcleo de Formação do (PL) em Pombal num futuro próximo.
A cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação entre o Politécnico de Leiria e o Município de Pombal, com vista à criação do Núcleo de Formação da instituição de ensino superior na cidade de Pombal, contou com as intervenções de Diogo Mateus (Presidente da Câmara Municipal de Pombal) e Rui Pedrosa (Presidente do Politécnico de Leiria), após as quais foi formalizada a assinatura do protocolo, seguida das intervenções de Isabel Damasceno (Coordenadora da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro) e Manuel Heitor (Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior).
Adiantando que as negociações com o Politécnico de Leiria começaram em 2014, Diogo Mateus afirmou que “esta é seguramente uma das datas mais importantes para o reforço educativo para o Município de Pombal”.
“O futuro construía-se com o PL”, considerou o autarca, antes de revelar que “hoje a Câmara aprovou, depois de uma boa discussão, por 5 votos a favor e 4 contra, a aquisição de um património que nos garantirá instalações” para acolher o novo núcleo de formação “no centro da cidade” e que “há um compromisso da nossa comunidade” para acolher “aqui em Pombal áreas e cursos procurados com boa ligação às áreas e empresas e com sucesso garantido” e de “59 empresas” dispostas a aceitar os estagiários dos TeSP.
“Eu não queria terminar o mandato sem deixar uma solução que pudesse ser adequada para cumprirmos os termos do protocolo, (…) e se a Câmara estabeleceu que em 2023 tínhamos de ter instalações definitivas para acolher o PL era meu dever assegurar que essa era uma matéria que ficava concluída antes de eu deixar de ser presidente da Câmara”, frisou.
O Presidente do PL, Rui Pedrosa, começou por referir que com a criação do núcleo de formação em Pombal a instituição visa contribuir para “o crescimento do território, para a afirmação do Politécnico de Leiria, para estar ao serviço das empresas e organizações de Pombal mas também para cumprirmos melhor a nossa missão”.
Dirigindo-se a Isabel Damasceno, acrescentou que “muitos destes projetos não eram possíveis sem o apoio de instrumentos financeiros importantes”, com destaque para o financiamento dos cursos Tesp pelo Portugal 2030.
Justificando a aposta em Pombal com o facto de o Politécnico de Leiria ser uma “instituição de ensino global, multicultural” que tem “o foco no desenvolvimento regional” e se rege por uma “política” que visa “chegar a mais locais e a mais cidadãos, jovens e adultos”, o responsável indicou como “razões” a “massa crítica que existe em Pombal”, a localização de Pombal “no Norte da Comunidade Intermunicipal e no limite do Distrito de Leiria, na ligação também com Coimbra”, e a afirmação de Pombal “como referência na área do ensino secundário e, em particular, do ensino profissional”.
Isabel Damasceno considerou a celebração do protocolo um “momento importante em Pombal” e elogiou a “estratégia da Câmara de Pombal, (..) muito focada na educação e muito preocupada com a formação” “contributo muito importante para um ainda maior desenvolvimento para este território de Pombal”
Para o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino superior “as instituições do futuro são aquelas que conseguem perceber a realidade do território e das regiões”, conseguirem “complementar a formação tradicional com formação de proximidade” para os jovens e “alargar a formação ao longo da vida” para os adultos, “quer ao nível da formação inicial, quer ao nível da pós-graduação e de formações informais”.
Destacando que “esta é uma aposta na modernidade e também na atratividade”, Manuel Heitor sublinhou que “para um território como este, qualificar é atrair mais pessoas e mais riqueza”, que se possa traduzir em “mais qualidade de vida”.