A deputada Célia Cavalheiro, do Bloco de Esquerda (BE), abandonou a sessão da Assembleia Municipal do passado dia 29 de junho, como forma de protesto por lhe ter sido negada pela Presidente da Mesa, Fernanda Guardado, uma intervenção em que pretendida responder a um comentário feito por Liliana Silva (CDS).
Num comunicado emitido pelas redes sociais, imediatamente após o fim da sessão, o BE refere que a deputada abandonou a sessão “em defesa da Honra”, por ter sido “mais uma vez alvo de desrespeito e perseguição pela presidente do órgão, Fernanda Guardado, sendo silenciada pela mesma”.
“Impedida de falar, viu-se obrigada a abandonar a reunião, em sinal de protesto”, justifica o BE, frisando que “a presidente da Assembleia Municipal de Pombal insiste em desvalorizar os discursos da eleita, interrompendo-a várias vezes sem razão objectiva” e que “minutos antes, a presidente permitiu a dois membros que o fizessem, em circunstâncias idênticas, numa clara dualidade de critérios”.
Afirmando que “ficou manchada a democracia e – mais uma vez – o dever de imparcialidade do cargo que ocupa”, o BE recorda que “já não é a primeira vez que a presidente da Assembleia Municipal” ordena a Célia Cavalheiro que desligue o microfone.
Repudiando “a atitude”, o BE informa que “tomará as medidas que entender por convenientes para travar o desprezo com que a Dra. Fernanda Guardado, eleita pelo PSD, trata a eleita Célia Cavalheiro, sistematicamente” e destaca que “a posição hoje assumida pelo BE pretende reprimir o egoísmo e o medo, dois estados de espírito que acompanham a prática comum no Município de Pombal”.